Como abordar um usuário de maconha?
Planejamento Terapêutico
Critérios de Alta
Maconha
Ela foi introduzida no Brasil pelos escravos africanos e difundida também entre os indígenas, sendo no início usado com propósitos medicinais e nas atividades recreativas, como a pesca, e nas rodas de conversa nos finais de tarde. Nos Estados Unidos, ela já era conhecida pelos índios quando os mexicanos a levaram para aquele país. No Brasil, no final do primeiro quarto do século XX, segundo descrição de Pernambuco Filho e Botelho (1924), distinguiam-se duas classes de “vícios”: os “vícios elegantes”, que eram o da morfina, da heroína e da cocaína, consumidos pelas elites (brancas, em sua maioria) e os “vícios deselegantes”, destacando-se o alcoolismo e o movimento da maconha, próprios das camadas pobres, em geral, formadas por negros e seus descendentes. Segundo esses mesmos autores, não tardou para que o produto (a maconha) trazido da África viesse a “escravizar a raça opressora”. Essas afirmações mostram, além da origem da maconha no país, que, já naquela época, ocorria à difusão do seu consumo por todas as classes sociais. Esse é um fato incontestável diante da realidade nacional, entretanto permanece no imaginário social a associação “pobre - preto - maconheiro - marginal - bandido”, traduzida nas ações policiais dirigidas às pessoas autuadas pelo porte de maconha, que na periferia das grandes cidades são muito mais severas do que nas áreas mais ricas e socioeconomicamente mais favorecidas. É uma droga fita como social que não vicia não traz tantos maus à saúde, porém estudos revelam os diversos males do uso contínuo da maconha e também falar sobre quanto mais cedo for abordado para o tratamento menos chance ele terá de entrar em outras drogas ainda piores como crack e cocaína.
Como abordar um usuário de maconha?
Não é com uma bronca ou com agressão que se aborda um dependente. Realismo e objetividade são fundamentais. Neste momento, o usuário necessita encarar os seus limites, conhecer as regras, os horários, as tarefas e seus deveres para com sua família e ele obtém essa mudança de comportamento, através de um cronograma semanal que estipula horários em tudo e o para tudo o que pretende fazer.
O tratamento acaba sendo a única solução para que o dependente químico tenha um papel importantíssimo na sociedade e restabeleça uma ordem em seus pensamentos atitudes e emocional para se ajustar ao dia a dia de uma pessoa queira viver em recuperação. O tratamento de dependente químico esclarece e auxilia o usuário de maconha a entender que a maconha também é uma droga e que precisa de ajuda.
Tipos de internação
Plano ADOLECENTES: Este plano funciona especificamente para menores de 18 anos que por acaso entraram no mundo das drogas tão cedo e precisam de ajuda pra reconstruir seu caminho. É um tratamento especifico, feito por uma pedagoga e coordenadores especializados, eles ficam em dormitórios com ala separada de adultos e também tem teorias, dinâmicas e atividades físicas exclusivas, como terapia ocupacional e refeição balanceada. O tratamento possui atendimento médico psiquiátrico, psicológico e terapêutico.
Plano ADULTOS: Este plano são para maiores de 18 anos que de alguma forma esta no uso compulsivo, obsessivo e sem controle de drogas ou álcool , nesse tratamento será explicado ao paciente tudo sobre a dependência química , aspectos que fizeram desencadear a dependência e um esclarecimento geral sobre tudo que vem acontecendo errado em seus comportamentos para chegar até uma clínica de recuperação , esses pacientes tem uma ciclo preparado de no mínimo seis meses dentro da clínica, desenvolvendo atividades teóricas onde será ensinado uma nova maneira de viver baseado em : trabalho, conscientização , igreja e família. O tratamento tem atendimento médico psiquiátrico, psicológico e terapêutico.
Plano SENHORES: Este plano foi criado pra atender necessidades especiais de senhores acima de 45 anos que já estão debilitados devido ao abuso das drogas e principalmente do álcool e não conseguem enxergar mais sentido na vida, estão derrotados e não possuem mais força pra lutar, foram pegos por separações, fracassos, desilusões e percas na vida. Aqui na Clínica Luz Do Mundo estes pacientes possuem um cronograma de atividade diferenciado, com caminhadas, alongamentos e reuniões separados do grupo geral, totalmente focado nos seus problemas e desilusões da vida. Este tratamento é de no mínimo seis meses e também temos estrutura pra uma necessidade de refeição especial ou cuidados especiais.
Plano REINSERÇÃO SOCIAL: Este plano personalizado consiste em dar suporte às pessoas que acabaram o tratamento completo e continuam livres do uso de drogas e desejam recomeçar a vida longe dos ambientes que as levaram ao uso de drogas. Criamos oportunidades laborais com empresas externas a clinica, e também internas como a divulgação de publicidade da atividade da clinica, apoiando o desenvolvimento pessoal como o retorno aos estudos em horário compatível com o serviço, em ensino médio noturno e em cursos de formação profissionalizantes.
Plano P.A.R.T. (Programa de Atividades para o Recomeço do Tratamento): Este plano foi criado para pacientes que já fizeram um tratamento completo e possuem certificado de conclusão deste tratamento. Funciona da seguinte forma: o paciente ao invés de fazer os 6 meses participa somente de 3 meses de reunião focada nas falhas e comportamentos que o levaram de volta as drogas e fizeram deste último tratamento um fracasso , são grupos especializados na recuperação após a recaída. Após estes 3 meses serão mais 30 dias internado com foco especifico na volta as ruas, estratégias para prevenção a recaída e metas estipuladas pra uma nova maneira de viver. O tratamento completo é de 4 meses e é feito de forma intensiva com atividades ate finais de semana.
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